Deputados e senadores maranhenses eleitos e que tomarão posse em 2019, falaram sobre a expectativa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), que foi eleito presidente da República no domingo (28) com 57.797.847 votos, o equivalente a 55,13%. Bolsonaro tomará posse em Brasília no próximo dia 1º de janeiro de 2019.
Senadores
A reportagem, o senador Roberto Rocha (PSDB), único a declarar voto em Bolsonaro, disse que um dos desafios que o novo presidente terá pela frente é unir o Brasil. “Meus cumprimentos ao presidente eleito Jair Bolsonaro. Os desafios daqui pra frente são enormes, entre eles de unir o país, resgatar a economia brasileira, por meio da geração de empregos e renda, reforçar a segurança pública e, especialmente, ter um olhar mais atento ao Nordeste”.
O agora eleito senador Weverton Rocha (PDT) disse que fará uma oposição crítica e estará disposto ao diálogo. “Os brasileiros decidiram nas urnas quem ocupará a Presidência do Brasil. E como manda a democracia, devemos respeitar a decisão. Por convicções ideológicas estarei na oposição. Farei uma oposição critica e responsável, disposta ao diálogo. Mas intransigente na defesa do trabalhador, da justiça social e, sobretudo, do respeito às divergências de pensamento”.
Já a senadora Eliziane Gama (PPS) sugere o nome do governador do Maranhão, Flávio Dino, como nova liderança de oposição no país. “Precisamos construir uma unidade de pautas e projetos que garantam um Brasil plural, onde a nossa Constituição Cidadã seja respeitada, bem como as garantias individuais. Urge que novas lideranças Flávio Dino assumam o protagonismo nacional das pautas que são tão caras e foram conquistadas com tanta luta, urge repensarmos de forma proativa uma forma diferente de se fazer política”, disse.
Deputados federais
Sobre a eleição de Jair Bolsonaro, o deputado federal Aluísio Mendes (Podemos) disse que o povo o escolheu porque espera uma mudança e prometeu que irá ajudá-lo em seu governo para que ele possa implantar todas as medidas necessárias ao país.
“Foi um desejo da maioria esmagadora do povo brasileiro. O atual presidente da República foi eleito com mais de 10 milhões de voto sobre o seu adversário e isso prova que o povo brasileiro queria uma mudança. O povo brasileiro o escolheu pela forma que ele enxerga o país. O país precisa de mais autoridade, do combate à corrupção e o combate à violência e por isso o povo escolheu Jair Bolsonaro. Agora o que nos cabe como parlamentar, como amigo é conseguir formar uma base de representação expressiva para que o presidente possa implantar aquilo que ele pretende para o país”.
O deputado Pedro Lucas Fernandes (PDT) disse que espera que o novo presidente consiga juntar o Brasil e respeite a Constituição. “Espero que ele possa unificar o pais e zele pelas prerrogativas constitucionais”.
O deputado Edilázio Jr. (PSD) afirmou que deseja que Bolsonaro possa combater a violência, a corrupção e que o Brasil possa ter mais investimentos para que a nação consiga voltar a crescer.
“Primeiro aguardar uma transição cordial e pacífica que é o que todos nós esperamos e que o presidente eleito dê prioridade à sua principal bandeira que é combater a violência em nosso país que é algo de número alarmante para os brasileiros e o combate à corrupção que era outra bandeira muito forte do presidente da República, evitar os conchamos políticos, enfim diminuir o custo do país, diminuir o número de ministérios, enxugar as nossas contas públicas. Que o Brasil possa voltar a ter investimentos, que possa voltar a crescer e o principal que é trazer de volta a alegria ao povo brasileiro”.
O parlamentar Rubens Pereira Júnior (PCdoB) espera que Jair Bolsonaro realize um bom governo e que ele possa encontrar um denominador comum com todos os brasileiros, já que quase 45% da população não concordam com as suas atitudes.
“Desejo que Bolsonaro faça um bom governo, olhando principalmente para aqueles que precisam de uma vida digna. O presidente eleito não recebeu “um cheque em branco”. Quase 45% da população discorda das suas posições extremistas e autoritárias. Precisamos caminhar para a conciliação, pois isso ajudará o país a sair da crise”.
O deputado André Fufuca (PP) comentou que aguarda do novo presidente a retomada do desenvolvimento social. “Espero um governo de pacificação, união de todas as forças e poderes, em busca da retomada do desenvolvimento e combate a desigualdade social”.
O deputado Hildo Rocha (MDB) acredita que o país passará por mudanças significativas com a entrada de Bolsonaro na presidência. Ele acrescenta que o novo presidente revolucionará a economia brasileira.
“Ficou claro que mais de 57 milhões de brasileiros optaram por uma pessoa que está prometendo fazer uma revolução na economia, fazer também uma mudança completa no atual sistema administrativo existente em nosso país e acredito que ele tem tudo para fazer isso em condições plenas, dependendo de como ele vai montar o seu ministério e também da forma como ele vai se comunicar com o Congresso, mas isso vai depender muito da equipe que ele irá montar. Então acredito que nós podemos estar vivendo um momento diferente na história do país. A partir do ano que vem a oportunidade de mudar a vida da população é muito grande”.
O deputado Gil Cutrim (PDT), que faz oposição a Bolsonaro, disse que espera que o novo governo realize uma administração democrática e em sintonia com o Congresso.
“O meu posicionamento é o mesmo do meu partido. O que o meu partido decidir eu irei seguir. Nós já estivemos reunidos e seremos neste primeiro momento oposição ao governo Bolsonaro. Eu espero que o presidente eleito faça uma gestão democrática e que consiga conversar com o Congresso no sentido de criar agendas positivas para o Brasil”.
O deputado Eduardo Braide (PMN) comentou que deseja que Jair Bolsonaro faça uma boa administração e que o Maranhão esteja em consonância com o governo Federal. Ele espera que com a renovação do Congresso Nacional novas ideias surgirão para o bem de todos.
“Nós percebemos que o Brasil ficou rachado nessa eleição, mas agora acabou tudo isso é hora de unir o Brasil, de pacificar todas essas discussões. Aqueles que são oposição devem fazer oposição com responsabilidade. No mais é desejar um bom governo ao presidente Jair Bolsonaro. Nós temos que procurar estar em sintonia com o governo Federal em favor do Maranhão. Aquilo que for bom para o Maranhão e para o meu Brasil terá o meu apoio, aquilo que não for bom terá o meu voto contrário. Daqui prá frente com o Congresso altamente renovado e mais jovem, eu acredito que é possível sim que se faça a diferença. Eu acho que é isso que o povo brasileiro está esperando”.
O deputado Juscelino Filho (DEM) afirmou que espera que Bolsonaro cumpra as suas promessas e que ele possa realizar um governo igualitário.
“Espero que Jair Bolsonaro tenha a capacidade de unir o país e governar para todos. Que consiga cumprir as promessas que fez no seu pronunciamento de ontem, de respeitar a nossa constituição, enxugar e desburocratizar a máquina pública para assim atrair investimentos, cortar privilégios e aplicar o pacto federativo fortalecendo com mais recursos estados e municípios”.
O deputado Márcio Jerry (PCdoB) se manifestou dizendo que será fiel a democracia e aos direitos do povo brasileiro. “Na Câmara Federal estarei firme na defesa da democracia e dos direitos do nosso povo. Viva o Brasil!”.
O parlamentar Bira do Pindaré (PSB), oposição no Congresso Nacional, afirmou que não acredita nos projetos do novo presidente, pois considera que seu governo será ditadorial e autoritário.
“Nós defendemos a democracia, diferentemente dele, cuja a bandeira é a ditadura, é o autoritarismo. Por outro lado, não podemos deixar de reafirmar o nosso ceticismo com a decisão tomada pela maioria da população brasileira. Não acredito no projeto liderado pelo senhor Jair Bolsonaro. Então, desde já, eu afirmo, categoricamente, serei um deputado de oposição no Congresso Nacional, porque não aceito o desmonte de direitos”.
O deputado Josimar de Maranhãozinho (PR) disse a reportagem que por enquanto não irá se manifestar. A reportagem não conseguiu contato com os deputados Júnior Lourenço (PR), Cléber Verde (PRB), Júnior Marreca Filho (Patriotas), Zé Carlos (PT), João Marcelo (MDB) e Pastor Gildemyr (PMN).