Ao recontratar em 31 de março, e sem licitação, a empresa F B P Engenharia, investigada pelo Ministério Público do Tocantins por FRAUDE EM LICITAÇÃO, o prefeito Wanderly Leite parece pouco se importar com o fato de que já é réu em ação ajuizada pelo próprio Ministério Público do Tocantins, classe enriquecimento ilícito/improbidade administrativa. Nesta ação, que tramita na 1ª Vara Cível de Tocantinópolis-TO, o prefeito Wanderly é acusado, nada mais nada menos, de ter ‘papel central’ num esquema fraudulento que beneficiaria parentes e associados próximos para desviar centenas de milhares de reais dos cofres da Prefeitura de Aguiarnópolis-TO.
O prefeito Wanderly pode estar renovando e para a pior o seu já imenso estoque de grandes problemas com a Justiça ao ter recontratado a F B P por R$ 55 mil e novamente sem licitação. No dia 27 de março, 4 dias antes de o prefeito Wanderly assinar o novo contrato com a empresa, o Ministério Público prorrogava o prazo para as investigações das suspeitas da prática de fraude em licitação na contratação da F B P pela Prefeitura de Angico-TO, em dezembro de 2023, também sem licitação.
Possivelmente, o MP entendeu que há muito ainda a esclarecer na nebulosa operação que culminou na contratação da F B P Engenharia em Angico. À época, a empresa tinha poucos dias a mais de 3 meses de existência e foi contratada para prestar ‘serviços técnicos em Gestão Compreendendo: O Sistema transfere. to.gov.br, transferegov.sistema.gov.br, do Governo Federal, Programa Minha Casa Minha Vida’ etc., atividades econômicas que sequer são mencionadas explicitamente em seu CNPJ e contrato social.
Registrada na Junta Comercial do Tocantins em 28 de setembro de 2023, a empresa FBP Engenharia e Consultoria LTDA, sede em Aguiarnópolis-TO, de propriedade de Francyleia Rodrigues Brito, engenheira e sócia administradora, 27 anos, e sua irmã Francyelma, estudante, teria a 1ª alteração em seu contrato social (capital social de R$ 100 mil p R$ 1 milhão) no dia 22 de dezembro de 2023, 7 dias antes da assinatura do contrato de R$ 55 mil (coincidência?) com o prefeito Cleofan Barbosa.
Além da coincidência nos valores dos contratos, R$ 55 mil tanto em Aguiarnópolis como em Angico, porém para serviços, alegadamente, diferentes, o objeto da contratação de Angico, prestar ‘serviços técnicos em Gestão Compreendendo: O Sistema transfere. to.gov.br, transferegov.sistema.gov.br, do Governo Federal’, lembra muito um personagem praticamente onipresente quando se menciona as palavras ‘fraude em licitação’ e, não por acaso, as prefeituras de Aguiarnópolis e Angico.
O personagem é Francisco das Chagas Miranda, o Kiko Miranda. Ele vem a ser primo do prefeito Wanderly, de Aguiarnópolis, e irmão da vice-prefeita de Angico, Ieda. E, não por acaso, é também réu junto com o primo prefeito na ação ajuizada pelo Ministério Público do Tocantins, classe enriquecimento ilícito/improbidade administrativa, em que Wanderly é acusado de ter ‘papel central no esquema fraudulento que beneficiaram parentes e associados próximos’ e de estruturar e manter, por anos, ‘verdadeira rede de favorecimentos que foi responsável pelo direcionamento de recursos públicos’ às empresas RK Consultoria e Engenharia – EIRELI e à Supera – Assessoria Empresarial, em contratos com a Prefeitura de Aguiarnópolis. Juntamente com o prefeito Wanderly, se tornaram réus na mesma ação, além de Kiko Miranda, sua esposa, Rosângela de Cássia, proprietária da RK, e o cupincha Paulo Nunes Campelo. REVEJA TUDO AQUI