Alvo de uma ação na Justiça Eleitoral que pode lhe cassar o mandato, o prefeito Playboy de Carmôlandia-TO, Douglas Oliveira, que já teve as suas contas de campanha reprovadas por graves infrações, é também alvo de duras críticas e denúncias relacionadas à nomeação de inúmeros familiares seus e de secretários para cargos públicos em uma clara prática ilegal de Nepotismo e favorecimento político. Recentemente, o jornal O Tempo recebeu diversas denúncias e relatos de cidadãos indignados com o que consideram ser uma tentativa de “ajeitar” membros da sua família e de seus secretários em postos estratégicos da administração municipal.

Dos nomeados pelo prefeito Playboy, destaca-se, entre outros parentes muito próximos, o próprio pai, José Claudiney, para o cargo de secretário municipal de Infraestrutura. Embora não se possa localizar o Diário Oficial com a nomeação, o perfil do pai secretário de Douglas Oliveira está lá, com direito a biografia e tudo, no Portal da Transparência de Carmolândia. Basta clicar AQUI.

A nomeação de José Claudiney provocou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais e entre a população, que questiona a falta de critérios técnicos na escolha de uma pessoa com pouca experiência no setor, além do fato de ser o próprio pai do chefe do Executivo. 

Outro nome que também não passou despercebido foi o da esposa de Douglas Oliveira, a jovem primeira-dama e assistente social Luiza Paulino Oliveira. Ela foi nomeada pelo prefeito Playboy para o pomposo cargo de ‘secretária extraordinária de Modernização e Gestão de Projetos’. “E é assim que eu, Luiza, assumo a pasta a mim confiada, com o compromisso de ajudar a transformar nossa cidade!”, diz lá em seu perfil no Portal da Transparência..

Para a Secretaria da Mulher, o prefeito Douglas Oliveira nomeou a prima, Ivanires Oliveira, e uma outra prima, Beatriz Oliveira, como chefe de Gabinete. O mais alarmante, no entanto, é que os membros da família de Douglas Oliveira estão sendo nomeados para cargos de alta relevância na gestão municipal, em uma clara concentração de poder nas mãos de um pequeno grupo familiar. 

Além disto, a cunhada do vice-prefeito, Jean da Acaiteira, e esposa do secretário municipal de Finanças, Eldon Flávio, Carla Ferreira, também foi nomeada cargo comissionado de coordenadora de Convivência, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a condução política da cidade. 

Há ainda as nomeações para cargos na Prefeitura de Carmolândia da esposa de Ricardo Tintino, secretário de Agricultura, Danielly Gonçalves, assistente Administrativa contratada, e a de Deborah Fernandes, assessor técnico, esposa do secretário de Planejamento, Roberto Tolentino. 

Além das nomeações mais evidentes, há uma preocupação crescente com os cargos de menor expressão e os contratados, que ainda devem ser definidos. Com a nomeação de tantos parentes para cargos estratégicos, espera-se que mais membros da família possam ser incluídos em funções menores, mas igualmente relevantes para o funcionamento da máquina pública, como cargos de confiança e funções temporárias, o que ampliaria ainda mais a concentração de poder dentro da família Douglas Oliveira.

A sociedade de Carmôlandia, um município com pouco mais de 2 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2022, se vê diante de um dilema, onde as críticas ao Nepotismo vêm crescendo. Além dos questionamentos sobre as competências dos nomeados, há uma sensação de que a administração municipal pode estar sendo conduzida por uma rede de interesses familiares, em vez de uma gestão focada em melhorar a qualidade de vida da população.

Com essas nomeações, a gestão de Douglas Oliveira se vê envolta em um debate sobre a ética na política local e sobre a necessidade de uma administração pública mais transparente e justa para todos. A população de Carmôlandia espera que o prefeito e seus assessores possam esclarecer as razões dessas escolhas, além de garantir que o serviço público seja prestado com a máxima responsabilidade e compromisso com o bem-estar de todos.

O jornal O Tempo continuará acompanhando os desdobramentos dessa situação e se compromete a manter a comunidade informada sobre novas denúncias ou esclarecimentos que possam surgir nos próximos dias. A prática do Nepotismo é ilegal e fere princípios básicos da administração pública, como moralidade e impessoalidade, conforme estabelece a Constituição Federal e é reforçado pela Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal. Mas Douglas Oliveira parece ignorar a Lei e transformar a máquina pública em uma extensão da sua família.