O prefeito Clayton Paulo, que tenta a reeleição em Nazaré, sofreu dois reveses seguidos na Justiça Eleitoral nesta terça-feira, 02. Num deles, a juíza Cirlene Maria de Assis Santos Oliveira, ao examinar recurso, concluiu que a coligação de Clayton Paulo induziu a Justiça a um erro ao informar a realização de um evento de campanha com um documento falsificado supostamente entregue à Polícia Militar às 9h do dia 19 de setembro.
Cirlene Maria reconheceu o direito de precedência da Coligação “POR AMOR A NAZARÉ”, que apoia o candidato Padre Josimar Campos para a Prefeitura Municipal, que comunicou a realização de evento de campanha às 9h 45min do dia 19.08.2024, anterior, portanto, à comunicação da Coligação "O PROGRESSO CONTINUA", realizada em verdade às 15h e não às 9h do dia 19.08.2024. A juíza determinou também a comunicação ao Ministério Público Eleitoral, MPE, à Polícia Militar ‘e demais órgãos de segurança pública sobre esta decisão para as providências cabíveis’.
No outro revés sofrido pelo prefeito Clayton Paulo e seus aliados, a juíza Cirlene Maria, após a apresentação de embargos, reverteu decisão anterior e determinou a imediata exclusão de publicações, patrocinadas pelo candidato a vice de Clayton Paulo, Marivalton Borges, que atacavam e questionavam o resultado da pesquisa de opinião pública realizada em Nazaré, objeto do registro TO-00238/2024, no Tribunal Superior Eleitoral, TSE.
Marivalton disseminou, em grupos do aplicativo de mensagens WhatsApp afirmações inverídicas, como a de que a pesquisa era ‘fake’, e com conteúdo difamatório que possuia a intenção de atingir a imagem do candidato Padre Josimar Campos, da Coligação “POR AMOR A NAZARÉ”.
Além disto, a juíza Cirlene Maria ainda fixou multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento da determinações, prazo de 24h para o cumprimento da decisão, ‘sem prejuízo da adoção de outras medidas cíveis e criminais bem como a intimação do Ministério Público Eleitoral.
Estes dois casos colocam a coligação do prefeito Clayton Paulo sob um cenário sombrio e negativo já na reta final da campanha eleitoral. A falsificação de documento e a disseminação de mentiras e desinformação, podem impactar de forma definitiva e irreverssível a imagem da campanha e a confiança dos eleitores em relação à transparência e integridade de seus líderes.