Está barrada pela Justiça Eleitoral, até a devida correção de irregularidades, a divulgação prevista para esta terça-feira, 01, de uma pesquisa sobre intenção de votos em Filadélfia-TO, realizada por uma tal de ‘Pindorama Tur’. Como se não bastasse o nome para lá de sugestivo e que em nada remete a levantamentos eleitorais ou de opinião pública, a ‘empresa’, aberta muito recentemente, em 12 de julho, tem como principal atividade econômica a ‘edição de jornais diários’.
Talvez por isto mesmo, ou seja lá por qual outro escuso motivo, no registro no TSE da pesquisa sobre o trabalho de campo em Filadélfia, a Pindorama Tur inseriu nomes de bairros que, na verdade, pertencem ao município de Ananás-TO, o que foi um dos motivos que levou a Justiça a barrar a sua divulgação e estabelecer multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
A decisão do juiz eleitoral Luatom Bezerra Adelino de Lima, da 8ª ZE-Filadélfia, atende pedido de representação da COLIGAÇÃO "PRA FRENTE FILADÉLFIA", formada pelos partidos PROGRESSISTA, REPUBLICANOS E PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA. A coligação sustentou que a Pindoramo Tur “deixou de cumprir o requisito legal, haja visto ter informado no relatório inserido no sistema do TSE número TO-05251/2024, que os trabalhos de campo ocorreram no Município de Ananás/TO e não no Município de Filadélfia/TO.
Porém, há mais irregularidades na ‘pesquisa’ em Filadélfia ‘elaborada’ pela Pindorama Tur. Para tentar dar ares de legalidade ao levantamento, a Pindorama Tur aponta como contratante o Jornal Porto News, de Porto Nacional-TO, que teria desembolsado R$ 3 mil pelos servicos, conforme nota fiscal disponível no sistema do TSE.
Ocorre que, tanto a muito recém fundada Pindorama Tur quanto o Jornal Porto News têm, ambas, como sócio-administrador, Lidevino Ferreira Filho, conforme dados do Portal da Receita Federal.
Lidevino Ferreira Filho, sócio administrador do Porto News e da Pindorama Tur, é reincidente em irregularidades e proibições de divulgação de pesquisas eleitorais. Ele alcançou o estrelato nacional em 2020, quando matéria do jornal O Globo apontou que o Porto News ‘realizava’ pesquisas sem ter habilitação para tal atividade. Procurado pelo o Globo, sobre as supostas irregularidades nas pesquisas questionadas no TRE-TO e da falta de registro na Receita Federal, Lidevino Filho não quis se manifestar. Respondeu apenas: “Não, não”, e desligou o telefone”, relatou matéria publicada em 12 de novembro de 2020. VEJA TUDO AQUI
Segundo publicou o jornal o Globo, à época, Lidevino Ferreira Filho tinha ‘fortes ligações políticas’ no Tocantins. Secretário de Comunicação de Porto Nacional na gestão do prefeito Joaquim Maia (MDB), candidato à reeleição em 2020, Lidevino ainda era, ou é, presidente da comissão provisória do Patriota na cidade, partido que integrava a chapa de Maia.