O prefeito Wanderly Leite é mais um dos candidatos nas eleições municipais 2024 que se utiliza do surrado (e possivelmente ilegal) expediente de usar a seu favor levantamento do Instituto Gauss, um recordista em representações (foram 13 em apenas 11 dias deste setembro) e proibições na Justiça Eleitoral de divulgação de pesquisas por falsas e ou fraudulentas. Agora, o prefeito Wanderly se saiu com uma pesquisa do suspeitíssimo Gauss para alardear que ‘O Homem Disparou’, e que o coloca como suposto líder das intenções de voto à Prefeitura de Aguiarnópolis-TO.
Noves fora o instituto usado pelo prefeito Wanderly para propagandear uma suspeita liderança na disputa eleitoral em Aguiarnópolis ser recordista em representações na Justiça Eleitoral (são 61 registros de processos no sistema do TSE) há mais além dos questionamentos sobre sua metodologia e seu método de amostragem. O Gauss ainda deixa dúvidas em relação ao seu posicionamento empresarial por não ter nenhum funcionário registrado, de acordo com os dados da Receita Federal, e informar como endereço de sua sede um imóvel em Palmas onde funciona um escritório de arquitetura.
Há representações por pesquisas fraudulentas contra o Instituto Gauss no Maranhão, no Pará e no Tocantins. Numa das mais recentes proibições de divulgação de uma de suas pesquisas, em Balsa-MA, o juiz Tonny Carvalho Araújo Luz, da 22ª Zona Eleitoral, determinou a suspensão, destacando que essas falhas poderiam comprometer a legitimidade dos resultados e a normalidade processo eleitoral. “Essa divergência (da amostragem) pode impactar diretamente no resultado da pesquisa, o que evidencia a probabilidade de deficiência técnica ou até mesmo manipulação”, escreveu na decisão.
Como em outros casos, a pesquisa do Gauss que põe o prefeito Wanderly como o ‘O Homem Disparou’ é autofinanciada pelo próprio instituto. Em representação anterior, contra o Gauss, uma coligação de Araguaína-TO pedia a suspensão dos seus levantamentos e questionava de onde vieram os R$ 151 mil reais com que a empresa se autofinanciava, realizando diversas levantamentos, custeando todos os trabalhos dos entrevistadores e arcando com todos os custos para aplicação dos questionários. Alegava a coligação de Araguaína à Justiça Eleitoral, que, desde março, o Gaus vem realizando, em sua maioria, trabalhos “gratuitos”.
Outra denúncia da coligação de Araguaína contra o Instituto Gauss, o preferido do prefeito Wanderly para a disputa pela Prefeitura nas eleições de outubro, é que quase todas as pesquisas são assinadas por um único estatístico, Galttieri Ferreira Tavares, que residiria no Rio Grande do Norte. Coincidência ou não, Galttieri assina também a pesquisa realizada em Aguiarnópolis totalmente favorável só e somente só ao atual prefeito.
Além disto, Galttieri Ferreira Tavares, foi apontado em algumas representações na Justiça como inapto para desempenhar a função por falta de registro profissional no Conselho Regional da categoria, além de responder a ação por Improbidade Administrativa.
