Nesta terça-feira, 20, o prefeito Valdemar Nepomoceno divulgou, com exagerado estardalhaço, um levantamento que, chama lá ele, de ‘A Verdadeira Pesquisa’, e o coloca na liderança da disputa à Prefeitura de Ananás-TO nas eleições de outubro. Até aí, tudo bem. O que não está nada bem é que a empresa que elaborou o levantamento é o Instituto Gauss, que, por indícios de fraude, está na mira do Ministério Público Eleitoral, MPETO, e pode ter suas pesquisas suspensas.
A tal de pesquisa, usada e comemorada pelo prefeito Valdemar como a ‘Verdadeira’, é, no mínimo, suspeita. Tem total descrédito o Instituto Gauss, nome empresarial M. Vieira da Silva Barros-ME, que possui, um longuíssimo histórico de representações judiciais por divulgação de pesquisas falsas, fraudulentes ou irregulares. CONFIRA AQUI
O mais recente escândalo envolvendo o Gauss vem de um sem número de acusações gravíssimas, muitas delas uma repetição em série de outras mais antigas. Na sexta-feira, 16, a coligação ‘Araguaína Pode Mais’ denunciou ao MPETO que o Instituto Gauss autofinanciou cerca de 88% das suas pesquisas realizadas e todas apresentaram resultados favoráveis a candidatos do União Brasil. A coligação pediu a suspensão dos levantamentos feitos pela empresa.
A pesquisa ’Verdadeira’ do prefeito Valdemar em Ananás também foi autofinanciada pelo próprio Gauss, que pode ter seus levantamentos suspensos a pedido da coligação de Araguaína, que questiona de onde veem os R$ 151 mil reais que a empresa se “autofinancia”, realizando diversas pesquisas custeando todos os trabalhos dos entrevistadores e arcando com todos os custos para aplicação dos questionários. A empresa, desde março, vem realizando, em sua maioria trabalhos “gratuitos”.
Outra denúncia da coligação de Araguaína contra o Instituto Gauss, tão incensado pelo prefeito Valdemar, é que quase todas as pesquisas são assinadas por um único estatístico, Galttieri Ferreira Tavares, que residiria no Rio Grande do Norte e, coincidentemente, assina também a pesquisa realizada em Ananás favorável ao prefeito Valdemar.
Além disto, Galttieri Ferreira Tavares, foi apontado em algumas representações na Justiça como inapto para desempenhar a função por falta de registro profissional no Conselho Regional da categoria, além de responder a ação por Improbidade Administrativa.