Uma aposentada de 67 anos, moradora do Bairro 4 Bocas, em Ananás-TO, com diabetes, anemia, problemas renais e cardíacos, acionou o Ministério Público do Tocantins, MPTO, contra a demora da Secretaria Municipal de Saúde em fornecer medicamentos de uso contínuo e a marcação de um ecocardiograma solicitado por seu nefrologista.
“Sou aposentada, não tenho condições de comprar os remédios e tenho que ficar fazendo exame particular direto porque não tem pelo SUS. E tem que fazer particular e o dinheiro não está dando, não”, contou a idosa ao Ministério Público, em depoimento por meio de videoplataforma.
Ela relatou que procurou a Secretaria de Saúde de Ananás. “Já fui lá, mas não consegui, não. To com esse pedido do nefrologista pra fazer esse ecocardiograma, está na Secretaria (de Saúde) mas ainda não saiu, não. Nunca me chamaram. Alguém me falou que aqui (Ministério Público) resolvia. E eu vim aqui por isso. É pedra nos rins, tudo isso tá tendo”, explicou.
A medicação de uso contínuo que a aposentada necessita é Emax 4.000 UI, de aplicação subcutânea, Secotex 0,4mg, comprimidos, Bio Tramig e DoisKa 149 mg, ambos os medicamentos em formato de cápsulas.
Uma tomografia computadorizada do abdômen, paga pela própria idosa em um laboratório particular, diagnosticou litíase renal, doença diverticular colônica, possível processo inflamatório na região umbilical e ateromatose aorto-ilíaca, quando o acúmulo de gordura acontece especialmente na parte final da aorta e artérias ilíacas, o que pode dificultar a circulação de sangue para as pernas.