No Inquérito que está sob sigilo, o Ministério Público do Tocantins, MPTO, pediu diligências de campo ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, GAECO, para auxiliar nas investigações que apuram possível fraude e outras graves irregularidades na licitação que culminou na contratação, por R$ 1.965.004,67, da empresa CED Pinheiro para montagem de estrutura de eventos da Prefeitura de Ananás-TO.
Documentos obtidos pelo jornal O Tempo revelam parte dos pedidos do MPTO ao GAECO. E, muito ao contrário do que afirmou o prefeito Valdemar Batista Nepomoceno, em nota oficial, o Inquérito não só não foi arquivado como as investigações estão em pleno andamento. Tanto é que o Grupo de Combate ao Crime Organizado respondeu ao Ministério Público na quinta-feira, 25, como mostram as movimentações do Inquérito.
Deve ter apresentado resposta à solicitação de "Qualificar a Pregoeira Priscila Ferreira de Oliveira e informar possível vínculo entre os investigados e a empresa C E D PINHEIRO LTDA nome fantasia POLIMIX COMÉRCIO E SERVIÇO". foi uma das solicitações do MP ao GAECO
"Solicite-se colaboração do GAECO encaminhando-se em anexo ao Ofício, cópia integral da Portaria de Instauração e anexos, a ?m de que seja disponibilizado servidor para diligências de campo, no endereço adiante, da seguinte forma: 2.1) RUA 6, no 337, Sala “b”, bairro São João, Araguaína-TO CEP 77.807-260 visando con?rmar se a empresa C E D PINHEIRO LTDA nome fantasia POLIMIX COMÉRCIO E SERVIÇOS possui escritório nos dias atuais no referido local, bem como, se as atividades executadas pela empresa obedecem ao disposto no seu contrato social", foi um outro pedido.
Atualmente, devido ao sigilo, não é possível acessar a resposta do GAECO no Inquérito que investiga possível fraude na licitação milionária da Prefeitura de Ananás. A licitação só foi cancelada por determinação do Tribunal de Contas, que detectou superfaturamento de preços de até 900%.