Um motorista do Transporte Escolar estuprou uma criança da quatro anos em Piraquê-TO. Segundo a mãe da vítima, a própria criança aponta o autor do crime brutal. “Chegou (a criança) muito nervosa, aquele ar de socorro, me abraçou e ficou suando muito frio. E eu perguntei: -o que houve, minha filha? E ela me disse: -minha perereca está muito machucada. Mamãe, o tio da Kombi escolar me machucou muito, com muita força”, relata a mãe.
A mãe conta que tirou a calcinha da filha e percebeu que a roupa estava melada. “Na rota da Kombi são três alunos. Mas nesse dia dois não foram, só ela (a filha) saiu às 7h e chegou em casa às 3 horas, porque é aula integral. Foi só ela e ele (o motorista) que levou ela para a escola. Quando chegou, estava o acontecido”.
Para a mãe, a situação foi desesperadora, pois o pai da criança estava fora de área da cobertura da telefonia celular, trabalhando de tratorista. “Tentei ligar, não pegou o sinal, tentei ligar para o rapaz que ele estava trabalhando, também não consegui. Esperei ele chegar porque eu não estava em condições de dirigir”, fala a mãe, que buscou ajuda no Conselho Tutelar e na Delegacia.
“Liguei para a professora, contei a situação e no outro dia a gente ligou para o Conselho, que foi com a gente até a Delegacia. Fizemos o boletim de ocorrência, fomos ao IML. Na Delegacia, eu trouxe a calcinha e deixei lá para fazer o exame. No IML, ela (a criança) passou pelo exame de corpo de delito” completa a mãe.
As informações e o suporte à família da vítima são precários a ponto de a mãe ouvir dizer que o acusado foi apenas ouvido pela Polícia e liberado em seguida. “Disseram (a Polícia) que iam tomar providências. Eu fiquei sabendo que ele (o motorista) foi conduzido até a Delegacia. Mas, pelo que eu sei, ele está liberado”.
A criança ficou muito machucada e precisou ser internada para tratamento médico. “Saímos do IML, fomos para casa e no outro dia (a criança) teve febre e fomos para a unidade do município de Piraquê e de lá foi encaminhada para o hospital regional, na sexta-feira, 22, e sai ontem (25) e deram o encaminhamento para fazer o acompanhamento no HDT. Dizem que agora vão colocar monitora porque na Kombi escolar era só motorista porque a Prefeitura não oferecia monitora. Eu peço Justiça, que ele (o motorista) pague pelo ato que cometeu, que seja preso e pague”, clama a mãe.