O prefeito Wanderly Leite vem usando servidores contratados e o primo, Kiko Miranda, que presta serviços à Prefeitura de Aguiarnópolis-TO por meio de uma empresa de fachada, contratada sem licitação, para disseminar, via redes sociais, pesquisas falsas de intenção de votos, nas quais o atual mandatário figura como virtual vencedor das eleições municipais de 2024. Os levantamentos teriam sido supostamente elaborados pelo Instituto Skala, empresa que tem longo histórico de pesquisas de divulgação barradas pela Justiça do Tocantins, do Maranhão e Pará, por conta de inúmeras irregularidades.
“O prefeito Wanderly vem fazendo pesquisas duvidosas, com o Instituto Skala, e vem divulgando as mesmas em grupos de Watsap, um desses grupos chama- se RESENHA, tendo como Administrador um funcionário contratado pela Prefeitura, Jeová para tentar ludibriar a população com essas divulgações (…) O Prefeito coloca pra divulgar esses conteúdos a fim de tentar enganar a população, outro funcionário contratado pela prefeitura o LUIS DA GUIA”, acusa denúncia ao Ministério Público do Tocantins, MPTO, que já abriu investigações para apurar os fatos.
A denúncia também relata que Kiko Miranda, primo do prefeito Wanderly , também divulga os levantamentos falsos. “Outro que também está divulgando essas FAKE NEWS é o famoso KIKO MIRANDA, que cujo seu nome já está em outras denúncias sobre fraude em licitações, que na realidade é contratado por uma empresa de fachada, para ser apenas o GESTOR DE CONVÊNIOS, mais na realidade é ele quem despacha com vereadores, e com algumas pessoas que vão até a prefeitura para falar com o prefeito, e o principal articulador político do prefeito. Para não perder essa mamata que achou em Aguiarnópolis ele está fazendo de tudo para tentar reeleger o prefeito”, afirma o registro no Ministério Público.
O Instituto Skala, que seria o responsável por elaborar as pesquisas falsas, nome fantasia SA Noleto, ou mesmo Moreira & Noleto LTDA, conforme o caso, tem extenso histórico de pesquisas eleitorais barradas pela Justiça Eleitoral. O Skala também foi um dos pivôs da ação que culminou na cassação do prefeito Aquiles da Areia, de Araguatins-TO. Entre os graves erros do Instituto Skala, a discrepância nas informações de estratificação do eleitorado em relação aos dados oficiais da Justiça Eleitoral é um elemento comum às decisões que barraram a divulgação de pesquisas. Um dos casos mais recentes em que a Justiça proibiu a divulgação ocorreu em setembro de 2022, no Maranhão.
O Skala foi ainda um dos pivôs da ação que culminou na cassação do prefeito Aquiles da Areia, de Araguatins-TO, por gastos de campanha não declarados na campanha, configurando uso de caixa 2. O Skala chegou até mesmo a ter o seu sigilo bancário quebrado, quando 'foi identificado depósito no valor de R$ 4 mil, realizado pela empresa I MONTEIRO DA SILVA EIRELI cujo quadro societário se limita à sócia IVONETE MONTEIRO DA SILVA, cônjuge do representado AQUILES PEREIRA DE SOUSA (Aquiles da Areia)'.
