São de espanto a maioria das reações à iniciativa do ex-prefeito Mizô Alencar, apesar dos inúmeros prejuízos e do sofrimento causados à população e ao município pela sua péssima administração, tentar emplacar seu nome como pré candidato a prefeito em Filadélfia-TO.
Quando se candidatou em 2016, Mizô Alencar declarou patrimônio de R$ 1.234.076,50 à Justiça Eleitoral. Ao concorrer e perder a reeleição em 2020, a já milionária fortuna pessoal do ex-prefeito havia saltado para assombrosos R$ 5.352.500,00, 5 milhões e trezentos mil reais, um aumento de quase 400% em apenas quatro anos e com a pandemia da Covid-19 no meio do caminho.
Sem que haja sinais de estar com alguma força ou prestígio político, quiça apoio popular em Filadélfia, Mizô Alencar tenta a qualquer custo lançar sua pré candidatura. Até o momento, nem empolgou e tão pouco atraiu o grupo de oposição, que prossegue cada vez mais fraco.
Como esquecer que o ex-prefeito Mizô Alencar deixou na Prefeitura de Filadélfia um legado de dívidas e obras públicas inacabadas, além de vários prédios em situação calamitosa? O atual prefeito David Bento e sua equipe precisaram operar verdadeiros milagres para que o município não perdesse milhões e milhões de reais em recursos do governo federal por incompetência e total inaptidão da desastrosa administração Mizô Alencar.
O descalabro que foi a gestão de Mizô Alencar em Filadélfia ficou ainda mais cristalino quando a Justiça do Tocantins declarou indisponíveis e bloqueou seus bens até o valor de R$ 90.931,14, que precisariam retornar aos cofres públicos. Corresponde ao dinheiro que Mizô Alencar teria se apropriado indevidamente de valores descontados em folha de salários de servidores e aposentados municipais, a título de pagamento de empréstimos consignados.
Outro exemplo de desvio do dinheiro público na gestão do ex-prefeito Mizo Alenca foi o Processo Administrativo Disciplinar, PAD, que apurou a responsabilidade, falta ou irregularidade praticada no exercício do cargo ou função por servidores e ex-servidores e que pode ter acarretado um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões aos cofres da Prefeitura de Filadélfia-TO. A apuração dos fatos, por meio de sindicância, relacionou o ex-prefeito Mizô Alencar, 4 ex-secretários municipais e outros 14 nomes, entre efetivos e comissionados, como responsáveis pelas irregularidades.
Mizô Alencar ainda foi alvo da Operação Catilinárias, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), que cumpriu mandados de busca e apreensão em seus endereços. A operação visava investigar o desvio de mais de R$ 23 milhões do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) em nove municípios. As fraudes teriam sido praticadas pela Associação dos Transportadores Escolares do Nível Fundamental, Médio e Superior do Tocantins (Atec), que aumentava a quilometragem percorrida por meio de 'rotas fantasmas' para receber valores maiores do poder público e distribuir a propina entre servidores, secretários e prefeitos.
A pergunta que não quer calar hoje em Filadélfia é: será que Mizô Alencar esqueceu de sua passagem pela Prefeitura ou ele acha que o povo já esqueceu?