Até 30 de junho, o prefeito Clayton Paulo torrou R$ 2.881.731,04 na compra de combustíveis que teriam sido utilizados pela frota da Prefeitura de Nazaré-TO. Mantida a média de gastos dos dois últimos meses, cerca de R$ 265 mil, até o final deste mês de julho os combustíveis, comprados por meio de contratos por Inexigibilidade de Licitação e que são alvo de investigações em um Inquérito do Ministério Público do Tocantins, MPTO, podem chegar a uma conta de mais de R$ 3 milhões bancada pelos cofres públicos municipais em pouco mais de 1 ano e meio.Ainda que o preço dos combustíveis tenha sofrido aumentos consideráveis, principalmente neste ano de 2022, os gastos do prefeito Clayton Paulo com combustíveis saltaram de R$ 141.339,09, em junho de 2021, para R$ 256.547,59 em junho último. Na prática, um aumento de gastos de 181%, ou quase o dobro dos valores em apenas 1 ano. Os dados são do Portal Municipal da Transparência.
Em 2021, as despesas em combustíveis drenaram cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres públicos de Nazaré, 8,4% dos R$ 16.381.340,28 do total de pagamentos. Agora em 2022, os R$ 1.375.746,23 torrados pelo prefeito Clayton Paulo em combustíveis, e em apenas 6 meses, já representam quase 14% dos R$ 11.076.743,27 em despesas da Prefeitura Municipal.
Desde fevereiro, o prefeito Clayton Paulo é alvo de um Inquérito do Ministério Público por suspeitas de irregularidades nos contratos firmados sem licitação. Para o MPTO, “o universo da contratação da Administração Pública ultrapassa a circunscrição do município, ou seja, para ficar caracterizada a exclusividade do fornecedor não é suficiente o fato de haver apenas uma empresa do ramo estabelecido no município” e que “mesmo reconhecida a existência de único estabelecimento fornecedor do município, a contratação direta não deve prescindir da observância dos dispositivos legais aplicáveis”.