Calado está e assim permanece o prefeito Léo Cunha sobre o pagamento das sobras dos recursos do Fundeb aos servidores municipais da Educação de Estreito-MA. Pelos cálculos, são cerca de mais de R$ 10 milhões que deveriam já há muito estar nas contas destes profissionais.
Do alto da sua empáfia, Léo Cunha alega já ter cumprido suas obrigações e ter destinado a grana aos servidores da Educação de Estreito. Os servidores discordaram, promoveram reunião e cobraram publicamente o cumprimento dos seus direitos.
O assunto, inclusive, chegou até mesmo a render a proposta de instalação de Comissão Parlamentar e Inquérito, uma CPI, na Câmara de Vereadores de Estreito para devassar as contas do prefeito Léo Cunha. Foram 8 dos 13 parlamentares municipais presentes na reunião, e que se colocaram a favor dos servidores da Educação. Para a abertura da CPI, basta apenas a assinatura de 5 vereadores.
"Com a Lei aprovada em 2020, aumentou muito o Fundeb em 2021. Dos R$ 23 milhões de 2020, em 2021 chegou a quase R$ 36 milhões. É muito dinheiro. Por isto está tendo sobra e infelizmente o prefeito não quer fazer o rateio. Precisa de 5 votos para instalar a CPI. Eu disse que com o meu apoio já podem contar. é preciso saber o que esta acontecendo", cobrou o vereador Diney Noleto, lembrando que estes recursos podem incrementar a economia e o comércio local de Estreito.
O vereador Francisco Oliveira também apoiou a instalação da CPI para investigar os gastos do prefeito Léo Cunha. "Se eu não fizesse esse papel, eu não estaria cumprindo a minha função de vereador de fiscalizar. Tem que ser montada essa CPI para ver o que tem. Tem que ser apurado e a gente descobrir se há alguma falha. E tem que ser punido o autor da falha".
Para os advogados do Sindicato dos Servidores da Educação de Estreito, o prefeito Léo Cunha não cumpriu com o gasto mínimo exigido pela legislação. "Ele soltou uma nota dizendo que não sobrou dinheiro, que cumpriu com o percentual mínimo de 70%, o que a gente discorda com veemência", enfatizou a advogada Yane Lopes.