Quase que parece como um deboche à sofrida população de Filadélfia ficar sabendo que, pelo menos, 10 assessores da Assembleia do Tocantins com sede na capital Palmas moram aqui no município e sequer comparecem ao local de trabalho. Somente em salários, essa turma embolsa quase que R$ 30 mil todo santo mês.
Entre estes assessores, que estão encastelados no gabinete da deputada estadual Valderez Castelo Branco, figura Tallita Araújo do Espírito Santo. Ela é esposa do ex-vice prefeito Chiquinho Dantas e tem um cargo em comissão de ‘Assessor Parlamentar -AP 14’. Pelos supostos serviços que presta, recebe R$ 2.800 mensais brutos dos cofres estaduais, apesar de seguir residindo em Filadélfia.
Outro dos apaniguados é Guilherme Charles Carlos de Araújo, também assessor parlamentar de Valderez Castelo Branco. O salário mensal bruto é de igualmente R$ 2.800. Guilherme Charles Carlos (sic) é um político conhecido na Filadélfia em que reside e permanece. Ex-vereador, foi presidente da Câmara e, também, secretário municipal.
Nestes pra lá de difíceis tempos de mortal pandemia, empregos, comida e dinheiros escassíssimos, à população de Filadélfia, fica a pergunta: é justo receber dinheiro público sem sequer ter que dar expediente no local de trabalho? É uma questão que o Ministério Público do Tocantins, o MP, poderia também responder ao cidadão que, afinal, é quem paga com seus impostos os salários dessa gente toda aí.