Desavisadamente, uns poucos setores mal informados da Imprensa insistem na falácia de que o ex-prefeito Clayton Paulo vai concorrer à Prefeitura de Nazaré-TO nas eleições de novembro. Talvez fosse essa mesma a intenção de Clayton Paulo lá pelo início de 2020. Passados seis meses do ano, a possibilidade foi soterrada, em sequência, por inúmeros revezes que culminaram com a condição de FICHA SUJA, sepultaram sua candidatura e liquidaram suas pretensões políticas para esta e outras eleições.
As agruras de Clayton Paulo começaram antes mesmo de 2020. Em agosto de 2019, o Tribunal de Contas do Tocantin, TCE, rejeitou embargos de declaração e manteve a rejeição das contas do ex-prefeito relativas ao ano de 2015 por ‘irregularidade gravíssima’. O TCE concluiu que naquele ano Clayton Paulo não aplicou o limite mínimo de 25% de recursos do município na Educação. Para completar, o ex-prefeito, segundo aquela Corte, apresentou os embargos fora do prazo legal.
Em 8 de abril, a vida política do ex-prefeito Clayton Paulo, que parecia ganhar alguma sobrevida por meio de aparelhos, ou respiradores artificiais, recebeu mais um duríssimo golpe. O Diário do Tribunal de Contas publicava decisão que rejeitava pedido de ‘Questão de Ordem’ e mantinha a rejeição das contas de 2015. O pior ainda estava por vir.
Pouco mais de uma semana depois, na quinta-feira, 16 de abril, a Câmara de Nazaré acompanhou o TCE e reprovou, por 5 votos a 3, as contas do exercício de 2015 e manteve Clayton Paulo inelegível. Oficialmente, ele foi enquadrado como FICHA SUJA e, portanto, fica de fora das eleições 2020.
Às 16 horas, 58 minutos e 59 segundos de 3 de junho, nova derrota e mais água gelada nos planos do ex-prefeito. Naquele horário, outro artifício de Clayton Paulo foi rejeitado. O conselheiro Adauton Linhares da Silva negou provimento de novo recurso, ‘mantendo os termos da decisão recorrida’.
“Tenho, para mim, que a irresignação não merece ser sequer conhecida (...) O caso vertido, portanto, não exige maiores digressões e encontra freios na eficácia preclusiva da coisa julgada”, frisa em negrito Adauton Linhares em sua fundamentação. Ele afirma também que o processo foi decidido pela Segunda Câmara e pelo Tribunal Pleno da Corte, “tendo ocorrido trânsito em julgado e o respectivo arquivamento”, escreveu Adauton Linhares.
Como se percebe, Clayton Paulo, mais conhecido por sua arrogância e prepotência, não apenas granjeou imensa antipatia popular e no meio político. Cometeu também irregularidades na aplicação do dinheiro público quando comandou a Prefeitura de Nazaré. E terminou FICHA SUJA, após as decisões do TCE e Câmara de Vereadores.