Descaso com dinheiro público revolta moradores; rua asfaltada em menos de um ano já mostra estragos
Alberto Rocha
Em Filadélfia, norte do Estado, a 500 km de Palmas, não tem crise nem
falta dinheiro na Prefeitura. O Município tem à disposição para gastar
cerca de 13 milhões de reais, recursos já depositados na conta e
oriundos de emendas parlamentares do então deputado federal, Lázaro
Botelho, hoje sem mandato.
O dinheiro em caixa é suficiente para acabar com os principais problemas que afetam o Município e deixar Filadélfia um brinco.
Mas uma das obras realizadas recentemente pelo Município, o recapeamento
asfáltico de parte da principal rua da cidade, a Avenida Marechal
Deodoro, já dá sinais de estragos. O valor da obra, que consta no
contrato, foi de R$ 419. 200,00.
Mas o que se vê hoje, em menos de 1 ano de feito, o recapeamento começa a
mostrar a verdadeira cara da obra: asfalto ruim e com sinais claros de
deteriorização, o que pode indicar que o material utilizado não foi o
que o contrato recomendava, de primeira qualidade.
Também, calçadas não estariam concluídas até agora, além do material
utilizado no meio-fio que, segundo moradores, é de qualidade duvidos.
Nas redes sociais, circulam vídeos mostrando a revolta e indignação de
moradores com o resultado do recapeamento da Avenida.
A empresa responsável pelo recapeamento foi a V.M Locações e Serviços
de Transportes Eireli – ME, com sede em Araguaína. Na época, a
construtora foi contratada pela Prefeitura de Filadélfia para realização
de serviços de recapeamento da Avenida Marechal Deodoro e ramificações,
por meio de licitação.
Ainda, no contrato diz que “todos os materiais utilizados serão
de primeira qualidade e inteiramente fornecidos pela construtora,
devendo estar em conformidade com a ABTN, Associação Brasileira de
Normas Técnicas e Inmetro”.
Entre as obrigações da construtora está a que obriga a empresa a “reparar,
corrigir, remover ou substituir às suas expensas (.....) os serviços
efetuados em que se verificarem incorreções na execução ou dos materiais
empregados”.
Cabe ao próprio gestor do Município e aos vereadores a responsabilidade
de fiscalizar a obra e cobrar providências com relação ao recapeamento,
que já está com defeito em menos de um ano de construído. Também, o
Ministério Público tem o dever de fiscalizar qualquer obra feita com
dinheiro público.