O deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e um ex-assessor dele serão investigados pela Polícia Civil do Tocantins no escândalo do lixo hospitalar. Um inquérito foi aberto contra os dois nesta terça-feira (4) após serem encontrados documentos que mostram que o funcionário do deputado atuou como representante da empresa investigada no esquema enquanto trabalhava na Assembleia Legislativa.
De acordo com o delegado Guilherme Rocha, da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), uma procuração de março deste ano dava a Lívio de Morais Severino, que era assessor do deputado, poderes para representar a Sancil Sanantônio em negociações com o poder público.
O deputado estadual Olyntho disse que não faz parte do quadro societário da empresa; não responde por qualquer ato referente à vida particular de qualquer cidadão, seja ex-assessor ou não, e que seus assessores tem liberdade de exercer qualquer atividade que não interfira em suas atribuições junto ao gabinete. O G1 ainda tenta contato com Lívio de Morais Severino.
O documento foi encontrado durante a apuração de uma denúncia anônima sobre um contrato da Sancil com uma prefeitura no interior do estado.
Severino era funcionário de Olyntho Neto desde 2017, de acordo com o Diário Oficial da Assembleia Legislativa. Ele foi exonerado no dia 23 de novembro deste ano, após o escândalo estourar. O pai do deputado, o ex-juiz eleitoral João Olinto, é apontado pelos investigadores como o verdadeiro dono da empresa. O irmão de Olyntho Neto, Luiz Olinto, também é investigado.
Em novembro a polícia encontrou toneladas de lixo em um galpão e deu início às investigações.